22/Set/2020

O mercado físico do boi gordo registra preços firmes e menor liquidez nas negociações, diante da desaceleração no consumo interno nas duas últimas semanas do mês. A escassez na oferta de bovinos prontos para o abate no País alinhada aos embarques expressivos de carne bovina para o mercado externo tende a continuar ditando a alta nos preços do boi gordo nos próximos dias. Assim, as indústrias pagam acima da referência para conseguir originar matéria-prima e preencher as escalas de abate, que parecem estar comprometidas até metade desta semana.

Os preços mais altos também continuam no mercado de reposição de gado, que vem registrando maior liquidez. Com a arroba no mercado físico altamente valorizada, os pecuaristas de recria e engorda se mostram mais confiantes nas compras para reposição dos plantéis, aumentando a demanda pela boiada jovem. Contudo, a oferta de bovinos jovens também está mais restrita, resultado do maior abate de fêmeas nos últimos anos. Outros insumos pecuários, principalmente a ração, também passaram por processos de valorização, encarecendo a atividade como um todo. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 246,50 por arroba à vista e a R$ 251,00 por arroba a prazo.

Em Mato Grosso, os preços dão continuidade ao movimento altista e o boi gordo está cotado a R$ 227,00 por arroba à vista e a R$ 236,79 por arroba a prazo. Em Rondônia, a cotação é de R$ 233,60 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo é negociado a R$ 242,82 por arroba à vista e a R$ 245,00 por arroba a prazo. A média brasileira é de R$ 241,94 por arroba à vista e R$ 243,30 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 16,05 por Kg. O traseiro bovino está cotado a R$ 18,40 por Kg, nova máxima nominal da série histórica. O produto registra alta de 17,8% nos últimos dois meses. O cenário é de firmeza, mas a chegada da segunda quinzena do mês pode afetar as indicações.