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17/Set/2020

Boi: mercado de reposição deve seguir valorizado

O mercado de bovinos de cria (bezerros) deve se manter valorizado por um bom tempo. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio do bezerro nelore (de 8 a 12 meses) comercializado em São Paulo é de R$ 2.134,88, recorde real da série deste animal, iniciada em 1994. É difícil pensar que o preço do bezerro vá cair de forma acentuada no curto prazo, mesmo com todo o investimento que o pecuarista tem feito em gado de reposição (em função dos preços recordes do bezerro, que estimula a retenção de fêmeas para procriar).

Mesmo que haja uma quantidade maior de bezerros no curto e no médio prazos, há um fator importante que é a recuperação do consumo interno de carne bovina, que não ocorreu. Desta forma, com a expectativa de a população voltar a consumir mais a proteína vermelha, à medida que a crise econômica se arrefecer, os bezerros adicionais que serão produzidos terão demanda certa, como bois de corte, mais à frente.

Além disso, a China deve continuar com compras fortes de carne bovina por causa da crise sanitária de peste suína africana (PSA) no país. A China perdeu pelo menos 40% de seu plantel de suínos por causa da doença, o que a obrigou, desde o ano passado, a importar volumes crescentes de proteína animal, principalmente carnes bovina e suína. A China só compra animais jovens, de até 30 meses de idade. Isso faz com que a cadeia pecuária gire mais rapidamente, mantendo forte a demanda por bezerros e, consequentemente, sua valorização, mesmo com maior oferta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.