16/Set/2020

O mercado físico do boi gordo apresenta preços firmes nas principais regiões pecuárias do País, com a valorização da arroba ainda encontrando suporte na escassez de oferta de gado terminado. Na ponta da demanda, as compras aquecidas de carne bovina pelo mercado externo, especialmente a China, também contribuem para a manutenção das cotações nos níveis atuais. Para atender à necessidade de exportações em um momento de câmbio favorável, os frigoríficos continuam negociando no mercado, ainda que a preços mais altos. A menor oferta de bovinos prontos para abate é resultado das condições estruturais da cadeia, uma vez que o País registrou um maior abate de fêmeas nos anos anteriores, o que dificulta a reposição dos rebanhos.

Portanto, a escassez de boi gordo deve continuar a favorecer um ambiente fortemente especulativo e, ao menos no curtíssimo prazo, não parece haver espaço para ajustes negativos no mercado físico. Embora os preços continuem a subir, o mercado registra menor liquidez. Isso porque as compras das indústrias na semana passada ainda preenchem as escalas de abate desta semana. Além disso, levando em consideração a sazonalidade da carne bovina, a tendência é de desaceleração do consumo doméstico na segunda quinzena do mês.

Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 241,50 por arroba à vista e a R$ 248,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação está entre R$ 245,00 e R$ 246,00 por arroba à vista. No Maranhão, o boi gordo está cotado a R$ 245,00 por arroba à vista e no Pará, a R$ 246,00 por arroba à vista e a R$ 248,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 242,82 por arroba à vista e de R$ 245,94 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 229,00 por arroba à vista. em Tocantins, a cotação é de R$ 242,50 por arroba a prazo. A média brasileira é de R$ 238,22 por arroba à vista e R$ 240,05 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 16,05 por Kg.