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15/Set/2020

Boi: preços estão sustentados em patamar elevado

O mercado físico do boi gordo segue com preços sustentados nos altos patamares alcançados ao longo dos últimos dias. Além da oferta de gado terminado ainda restrita, o ritmo acelerado das exportações de carne bovina configura um outro importante suporte para a valorização da arroba. No mercado interno, entretanto, houve irregularidade nas vendas de carne bovina na semana encerrada no dia 11 de setembro. O movimento é reflexo da perda de poder aquisitivo da população por efeito da crise econômica decorrente da pandemia de Covid-19. Além disso, passado o início do mês, sazonalmente as vendas de carne bovina diminuem, já que a população volta a ficar descapitalizada, após gastar os salários.

Com a demanda externa bastante aquecida, os frigoríficos tentam completar escalas com os poucos bovinos disponíveis e, assim, os preços do boi gordo renovam recordes nas principais regiões do País. Mesmo com a entrada de lotes de boiada dos confinamentos, a disponibilidade de gado terminado ainda não é suficiente para suprir a demanda. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 241,50 por arroba à vista e a R$ 248,00 por arroba a prazo. Nos últimos sete dias, a alta é de 3,22% no Estado. Em Mato Grosso, os preços seguem avançando. A cotação é de R$ 218,00 por arroba à vista e R$ 228,00 e R$ 235,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 242,68 por arroba à vista.

Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 235,42 por arroba a prazo. Em Rondônia, a cotação é de R$ 231,00 por arroba a prazo. A média brasileira é de R$ 237,98 por arroba à vista, alta de 3,41% nos últimos sete dias. Em São Paulo, no atacado, o movimento altista predominou nos preços dos principais cortes bovinos. Isso reflete os efeitos da primeira quinzena de mês num cenário de firme demanda agregada puxada pelas vendas externas em descompasso com a oferta de mercadoria. Os cortes de dianteiro acumulam alta de 0,9% no acumulado do mês, enquanto a valorização dos cortes de traseiro é de 1,4%. Esse comportamento acontece pela baixa oferta de matéria-prima, associada à melhora do fluxo de vendas no mercado interno, usual para este período do mês, e exportações aquecidas. A carcaça casada do boi castrado está cotada a R$ 16,00 por Kg.