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15/Set/2020

Suíno: embargos à Alemanha favorecerão Brasil

Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o embargo de países importadores à carne suína da Alemanha representa uma boa oportunidade de incremento da demanda pelo produto brasileiro. Entretanto, as suspensões são temporárias e o Brasil já vem embarcando volumes muito expressivos do produto. Dessa forma, é possível que o aumento da demanda externa impulsione os preços internacionais, mas é provável que o volume adicional não seja tão relevante para afetar o mercado interno. A interrupção de compras do produto da Alemanha pela China, Coreia do Sul, Japão, Argentina e pelo Brasil ocorre após a identificação do primeiro caso de peste suína africana (PSA) no país, reportado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

Entretanto, é preciso salientar o fato de o vírus ter sido identificado em uma carcaça de javali, o que não compromete a produção industrial alemã. Ainda não é possível afirmar por quanto tempo as suspensões vão vigorar e, portanto, não se sabe por quanto tempo o Brasil poderá aproveitar essa janela. O ciclo de produção de suínos dura em média 1 ano e meio. Se essas suspensões chegarem a cinco meses, por exemplo, o Brasil não tem tempo nem de abater os suínos, ou seja, não dá para aumentar a produção de uma hora para outra. Uma alternativa para os produtores brasileiros se beneficiarem ainda mais com a demanda inesperada pode ser, portanto, a mudança de algumas estratégias, como aumentar o peso dos suínos alojados.

As plantas habilitadas para exportar carne suína para a China já estão embarcando volumes robustos, mas ainda há margem para elevar as exportações. O ideal seria habilitar mais plantas. Os custos de produção, porém, continuam no radar dos produtores e o crescimento das vendas para o mercado externo não deve se refletir no mercado interno. Por enquanto, a carne suína da Alemanha tende a ficar restrita localmente, com sobre oferta do produto na Europa. Nesse sentido, a ABPA vem reforçando os cuidados no Brasil para que o País permaneça sem episódios de peste suína africana. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.