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11/Set/2020

Boi: impactos da Covid-19 sobre o mercado global

A Covid-19 e seus impactos nos mercados de carne bovina e na demanda de importação da China continuam dominando os mercados globais. Na Austrália, uma segunda onda de infecções em Victoria resultou na implementação de restrições para instalações de processamento de carne naquele estado. A menor disponibilidade de gado leva a acreditar que as interrupções nos volumes de abate de bovinos serão mínimas. No Brasil, algumas regiões estão experimentando a segunda onda, enquanto outras ainda estão na primeira. Ainda assim, o número de casos novos e óbitos em julho ficou estável, com redução em algumas regiões. O setor de foodservice voltou a operar em alguns Estados, mas com capacidade reduzida.

No Canadá, após uma redução drástica nas taxas de abate durante abril e maio devido aos surtos de Covid-19 nas fábricas, as taxas de abate semanais se recuperaram. Embora uma carteira de gado confinado ainda permaneça, haverá ampla oportunidade para limpar a carteira no terceiro trimestre. Na China, a Covid-19 está amplamente sob controle, mas as ações do governo local para controlar a propagação de novos casos estão retardando a recuperação do serviço de alimentação. Dadas as conexões suspeitas entre os novos casos Covid-19 e a embalagem de frutos do mar importados e outras proteínas animais, as importações e o armazenamento refrigerado estão sob vigilância, levando a atrasos e incertezas nas importações.

Na Europa, o foodservice retomou as operações, embora com restrições, e como resultado, a demanda por carne bovina não se recuperou totalmente. Os casos de Covid-19 estão aumentando novamente em alguns países, mas estão sendo gerenciados regionalmente, em vez de bloqueio total de países. Na Nova Zelândia, a capacidade de processamento voltou aos níveis normais em maio, embora as interrupções criadas durante as restrições de Nível 4 no final de março/abril tenham criado um acúmulo de gado a ser abatido até junho e julho em algumas partes do país que só agora foram trabalhadas. Nos Estados Unidos, a capacidade de abate se recuperou de 97% a 98% dos níveis pré-Covid-19 e, como resultado, os preços de corte abrangentes voltaram a níveis mais normais. O serviço de alimentação do país continuou mostrando sinais de recuperação em julho e agosto. Fonte: Rabobank. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.