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10/Set/2020

Boi: China é oportunidade para o setor brasileiro

Segundo o Itaú BBA, embora a produção doméstica de carne bovina da China esteja crescendo, as projeções de aumento do consumo do produto continuam sinalizando um momento de boa oportunidade para a proteína brasileira. O consumo interno chinês deve alcançar 9,6 milhões de toneladas equivalente carcaça (tec), enquanto a produção do país não deve atingir 7 milhões de toneladas. Nesse cenário, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que as importações chinesas de carne bovina devem desacelerar o crescimento de 20% em 2020 para 4% em 2021. Ainda assim, isso indica 2,7 milhões de toneladas equivalente carcaça de importação no próximo ano, sinalizando a demanda ainda aquecida do país asiático, mesmo com a recuperação do rebanho de suínos após a peste suína africana (PSA).

Em relação ao mercado futuro do boi, as cotações apresentam um prêmio adicional até o fim do ano, seguindo a dinâmica firme do mercado físico, com base no ponto de vista sazonal. Porém, o teto dessa possível alta é incerto porque a carne terá que romper o atual recorde histórico real em um ambiente econômico doméstico desafiador. Nesse sentido, destaca-se a importância do auxílio emergencial do governo federal na sustentação da demanda por alimentos. Além disso, o mercado deve continuar atento à taxa de câmbio, que pode encarecer as exportações e limitar altas adicionais. Na ponta da oferta, o volume das entregas de gado do segundo giro dos confinamentos pode ser um pouco maior do que o volume ofertado até o momento.

Isso porque a oferta atual foi prejudicada pelos preços futuros pouco atrativos dos últimos meses. É ponto de atenção os frigoríficos que operam apenas no mercado doméstico, que podem sofrer redução nas margens caso os preços do boi voltem a se descolar dos da carne. Em agosto, o boi gordo continuou em valorização, com a arroba encerrando o mês no nível de R$ 238,00 por arroba em São Paulo, uma alta de 3,3% na média mensal. Também foi observada uma alta de 6,8% na carcaça casada, o que, aliviou o spread dos frigoríficos no mercado interno, já que nos meses anteriores o boi subiu além da carne pressionando o resultado no mercado doméstico. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.