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09/Set/2020

Boi: preços em tendência de alta para curto prazo

No mercado físico do boi gordo, o quadro de oferta restrita deve persistir, mesmo com a entrada de boiadas do primeiro giro de confinamento. Com isso, a arroba deve continuar sua escalada de preços. Embora os frigoríficos ainda devam, neste início de semana, avaliar as vendas de carne bovina no feriado prolongado para ver que estratégias adotarão no físico, persiste a tendência compradora, no mínimo para atender à demanda externa, mesmo que as vendas internas da proteína se arrefeçam a partir de agora, passado o início do mês. Na semana passada, o boi gordo subiu em várias regiões do País, inclusive nas principais, como São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

Nos últimos 30 dias, as altas são de respectivamente, 6,24%, 9,91%, 9,30% e 8,81% nas regiões citadas. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 240,00 por arroba à vista e a R$ 242,00 por arroba a prazo. A novilha está cotada a R$ 226,50 por arroba à vista. O boi China é negociado a R$ 245,00 por arroba à vista. Nesta semana, os frigoríficos devem ir às compras para compor escalas de abate, que estão curtas no País. Em São Paulo, as programações estão em 6 dias úteis, a escala mais alongada do País neste momento. Mato Grosso do Sul e Minas Gerais encerraram a semana com 4 dias úteis de escalas, e Goiás e Mato Grosso, com apenas 3 dias úteis.

Em Mato Grosso do Sul, a arroba tem ficado mais cara porque os frigoríficos de São Paulo continuam indo buscar boiadas nesta região, a fim de exportar a carne. A cotação é de R$ 241,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, após dias de estabilidade, os preços registram alta em razão da maior demanda interna pela proteína. O traseiro está cotado a R$ 17,90 por Kg. A alta de preços da arroba bovina no mercado físico começa a se refletir, em última instância, no varejo brasileiro. Conforme a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), tem havido alta de preços de alimentos básicos, entre eles, a carne bovina.