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03/Set/2020

Boi: preços seguem sustentados pela oferta restrita

O boi gordo segue avançando em várias regiões pecuárias do País. Com exportações ainda em ritmo forte, além da expectativa de aquecimento nas vendas de carne bovina no mercado interno, os frigoríficos têm de recorrer mais ao físico em busca dos poucos bovinos disponíveis. A tendência do mercado é altista, em razão da baixa oferta de bovinos para abate, além da demanda interna que tem evoluído. Até mesmo as exportações, mesmo vindo abaixo da expectativa para o mês de agosto e com certo recuo frente a julho, ainda trouxeram um número positivo se comparado com agosto de 2019.

O setor aguarda o Ministério da Economia abrir os dados detalhados das exportações brasileiras para ver qual país apresentou recuo nas compras para que a última semana de agosto ficasse abaixo do esperado. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 234,50 por arroba à vista e a R$ 240,00 por arroba a prazo. No dia 24 de agosto, a cotação era de R$ 225,50 por arroba. O boi gordo deve seguir em patamares firmes na maior parte do Brasil nos próximos dias, sem espaço para ajustes negativos.

Em Mato Grosso, por exemplo, os preços registram alta, já que a indústria tem dificuldade de adquirir boiadas. Diante da escassez de oferta e da redução do volume de compras, a diferença entre os preços pagos em bovinos para exportação e para atender o mercado interno diminuiu. Há registros de unidades que pagam apenas R$ 3,00 por arroba como prêmio pelo “boi China”. A cotação no Estado está entre R$ 206,00 e R$ 211,00 por arroba à vista e entre R$ 214,00 e R$ 215,00 por arroba a prazo.

No Rio Grande do Sul, o preço apresenta queda, já que a desova da safra dos rebanhos provenientes das pastagens de inverno tem aumentado a oferta. A cotação é de R$ 6,90 por Kg à vista. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O traseiro bovino está cotado a R$ 17,10 por Kg; o dianteiro do boi, a R$ 14,10 por Kg; e a ponta de agulha, a R$ 14,10 por Kg.