03/Set/2020

Segundo o Bank of America, a tendência de demanda global sólida por proteínas animais brasileiras deve continuar, apesar da perspectiva de queda de preços para alguns produtos. As exportações de carnes do País mantiveram uma trajetória impressionante em agosto, com crescimento de 43% nos embarques de carne bovina, de 25% na exportação de carne de frango e aumento de 120% na comercialização externa de carne suína, de acordo com dados divulgados no dia 1º de setembro pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Apesar do avanço nos embarques ao exterior, os preços da carne bovina em dólares continuam caindo.

Isso pode ser um reflexo das dificuldades de negociação com a China, que vem suspendendo as importações de algumas plantas brasileiras. Entretanto, essa queda foi compensada pela valorização do dólar ante o Real, o que também ajudou a minimizar os efeitos do aumento de 4% nos preços do boi. As perspectivas apontam para uma continuidade na retração das cotações dos bovinos no quarto trimestre deste ano, o que pode auxiliar na recuperação das margens das companhias do setor. Portanto, o Brasil se consolida como um exportador líder em um mercado global de carne bovina acirrado.

Em relação à carne de frango, há recuperação nos volumes embarcados para o mercado externo, com preços estáveis. Isso indica um momento oportuno para os produtores que estão sendo pressionados pelo aumento dos custos com ração, em virtude dos altos preços do milho. A demanda internacional pela carne suína brasileira continua disparando, chegando a um recorde em agosto. Os preços subiram 5% em dólares na comparação anual, o que indica que os volumes enviados para a China ainda são fortes, já que a peste suína africana (PSA) ainda desempenha um papel importante na disponibilidade de carne suína no país. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.