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02/Set/2020

“Carne” vegetal: Fazenda Futuro recebe um aporte

A startup Fazenda Futuro, líder em carnes a base de plantas no Brasil, recebeu um aporte de R$ 115 milhões nesta terça-feira (1º/09), elevando seu valor de mercado para R$ 715 milhões. O investimento foi liderado pelo BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a Exame), ENFINI Investments (Grupo PWR Capital) e os investidores da primeira rodada Monashees e Go4it Capital. É o segundo aporte recebido pela companhia criada ano passado.

Em julho de 2019, a companhia havia recebido 8 milhões de dólares dos fundos Monashees e Go4It, num valor de mercado de R$ 400 milhões. Os recursos, na época, foram usados para ampliar a fábrica da empresa, localizada em Volta Redonda (RJ), de 115 toneladas para 600 toneladas mensais. Agora, a ideia é turbinar o crescimento nos Estados Unidos e na Europa. Agora, a empresa tem a oportunidade de ser um player global em plant based.

Já estão sendo fechados contratos com distribuidores e contratação de pessoal comercial de marketing nos Estados Unidos. No Brasil, e empresa vai continuar subindo o nível tecnológico e aumentando o portfólio de produtos. Com uma presença maior nos Estados Unidos, a companhia estuda um novo aporte, este 100% em dólar, no ano que vem. No exterior, a companhia adota a marca Future Farm, e tem como principal concorrente a americana Beyond Meat, que já vale 8 bilhões de dólares na bolsa, e anunciou recentemente alta de 195% nas vendas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Hambúrgueres, almôndegas, carne moída e linguiça da Fazenda Futuro já são vendidos na Holanda, e estão entrando também na Alemanha, no Reino Unido, na Austrália e no Oriente Médio. Em julho, a empresa conseguiu autorização da FDA, a Anvisa dos Estados Unidos, para começar a vender no país. Uma das principais vantagens competitivas da Fazenda Futuro é uma estrutura de produção verticalizada, que permite vender seus produtos por até metade do preço dos principais concorrentes nos mercados desenvolvidos.

Ainda assim, a companhia consegue margem bruta de 44%, ante 34% da Beyond Meat. O principal objetivo é fazer sua empresa brigar de igual para igual não com as marcas veganas, mas com os grandes frigoríficos de carne tradicional. No Brasil, é um negócio de R$ 222 bilhões. Novas “carnes”, como de frango e de peixe, estão no radar. Agora, turbinada pelo novo aporte, a companhia pode fazer o futuro ficar mais perto. Fonte: Exame. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.