31/Ago/2020
O mercado físico do boi gordo continua pautado pela oferta restrita de bovinos terminados, tanto de machos quanto de fêmeas, e, consequentemente, por preços firmes da arroba. A demanda dos frigoríficos tem sido em direção de completar escalas de abate com bois no padrão exportação, já que as vendas externas de carne bovina do País se mantêm aquecidas. No mercado interno, entretanto, o consumidor pouco se interessa pela proteína bovina neste fim de mês e deve retomar as compras apenas no início de setembro, com o pagamento de salários e do auxílio emergencial liberado pelo governo federal. O baixo volume de vendas de carne no mercado interno ajuda a evitar maiores disparadas do preço do boi gordo no físico, já que amortece a demanda dos frigoríficos por bois prontos para o abate.
Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 227,50 por arroba à vista e a R$ 237,00 por arroba a prazo. A falta de bovinos para abate é o motivo para os reajustes nos preços. As escalas de abate no País seguem relativamente apertadas, com a média Brasil beirando os cinco dias úteis e a média São Paulo, sete dias úteis. Em Mato Grosso do Sul, o quadro de pouca oferta de bovinos para abate eleva as cotações e o boi gordo é comercializado a entre R$ 224,00 e R$ 226,00 por arroba. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 214,00 por arroba a prazo. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada de boi castrado está cotada a R$ 14,65 por Kg.