28/Ago/2020
A tendência de alta para o boi gordo persiste no mercado físico. A oferta restrita de bovinos terminados, aliada à proximidade do início de setembro, quando o consumo interno de carne bovina costuma ser maior, obriga os frigoríficos a tentarem alongar as escalas de abate. E, com isso, a alternativa é indicar preços mais altos. Nem mesmo a entrada de bois de confinamento do primeiro giro tem aliviado a situação até o momento.
O segundo giro, com bois magros entrando no cocho agora, apresenta alto custo de produção, mesmo com a cotação da arroba atingindo patamares recordes. Em São Paulo, o boi gordo é negociado a R$ 227,50 por arroba à vista (avanço de R$ 5,00 por arroba desde o dia 20 de agosto, quando o boi gordo era negociado por R$ 222,50 por arroba à vista) e a R$ 236,00 por arroba a prazo.
A firmeza das cotações é verificada em praticamente todas as regiões pecuárias do País. Na média Brasil, a cotação é de R$ 222,77 por arroba à vista. No Acre, o boi gordo está cotado a R$ 193,00 por arroba à vista. A valorização no Estado já alcança 8,64% nos últimos 30 dias. Em Mato Grosso, a cotação é de R$ 209,00 por arroba à vista.
Em São Paulo, no atacado, a expectativa é de maiores vendas a partir da semana que vem, com o pagamento de salários. A oferta interna de carne segue reduzida, em função da dificuldade dos frigoríficos para avançar com as escalas de abate. O traseiro do boi segue negociado a R$ 16,10 por Kg; o dianteiro, a R$ 13,60 por Kg e a ponta de agulha, a R$ 13,60 por Kg.