28/Ago/2020
Segundo Carta de Conjuntura Agropecuária divulgada nesta quinta-feira (27/08) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), após altos e baixos do preço do leite durante o auge da pandemia de Covid-19 no Brasil entre março e maio deste ano, a tendência de alta do preço da matéria prima deve se manter em trajetória ascendente em agosto. Entre o primeiro e o segundo trimestre de 2020, a média do preço pago ao produtor registrou valorização de 3,2%.
A oferta reduzida no campo em junho e o aumento da competição entre indústrias devido à necessidade de se refazer estoques de derivados lácteos sustentou o movimento de valorização desses produtos, levando à alta do leite ao produtor também em julho. No caso dos queijos, o menor consumo em abril, logo após o fechamento de bares e restaurantes, levou à diminuição dos investimentos da indústria em geração de estoques.
A decisão gerou um efeito cascata, com queda do preço pago ao produtor e menor captação de leite em maio, reduzindo ainda mais os estoques brasileiros de lácteos. Adicionalmente, agentes de mercado informaram que houve aumento da demanda por derivados lácteos devido aos programas de auxílio do governo federal. Nesse cenário, os preços dos lácteos foram favorecidos, implicando em aumento do preço ao produtor em junho. Fonte: Revista Globo Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.