27/Ago/2020
As exportações de carne bovina seguem aquecidas e, com isso, frigoríficos continuam demandando bois "padrão exportação" no mercado físico. Dada a restrição de oferta de bois terminados, o preço do boi gordo mantém a firmeza nas principais regiões pecuárias do País. Conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a exportação de carne bovina se manteve aquecida na terceira semana de agosto, com média diária de embarques de 8,19 mil toneladas, acima das 8,11 mil toneladas por dia verificadas na segunda semana do mês. Assim, o total embarcado no mês, até a terceira semana, alcançou 122,96 mil toneladas de carne in natura.
Isso mantém a expectativa de que o recorde histórico de exportação de carne bovina seja quebrado ainda neste mês. A demanda de carne para o mercado interno ainda é lenta e os frigoríficos aguardam, como de costume, o início do mês e o pagamento de salários para reforçar estoques da proteína para o mercado interno. Isso significa ir atrás de bovinos fora do padrão "boi China" (no máximo 30 meses de idade). Entretanto, dentro da categoria de bovinos para o mercado interno a oferta também continua restrita, inclusive de vacas, que os pecuaristas têm reservado para produzir gado de reposição, num movimento de alta do ciclo pecuário.
Em São Paulo, os preços do boi gordo seguem avançando. A cotação está entre R$ 224,95 e R$ 226,50 por arroba à vista e a R$ 233,00 por arroba a prazo. Para as boiadas que atendem ao mercado da China, o ágio é de até R$ 5,00 por arroba sobre a cotação do boi comum. A oferta de animais disponíveis para abate ainda é restrita, fator limitante para o avanço da liquidez no mercado físico. Ademais, com o registro de chuvas em algumas regiões pecuárias do País, o embarque de gado foi dificultado.