25/Ago/2020

De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira (24/08) pelo Departamento de Alfândegas da China (GACC), as importações chinesas de carnes e miúdos totalizaram 1 milhão de toneladas em julho deste ano, volume 77,9% maior do que o adquirido em igual mês do ano anterior. A despesa com a importação do produto aumentou 69,2%, atingindo US$ 2,903 bilhões no mês. Em relação a junho, as compras do produto avançaram 10% em volume. Nos primeiros sete meses do ano, o país asiático importou 5,75 milhões de toneladas de carnes e miúdos. As importações de carne suína somaram 430 mil toneladas em julho, volume 120,2% superior ao comprado em igual mês do ano passado.

Em valor, o aumento foi de 151,3%, para US$ 1,095 bilhão. No acumulado do ano, o país asiático comprou 2,56 milhões de toneladas de carne suína. De carne bovina, o país asiático importou 210 mil toneladas em julho, alta de 35,1% na comparação anual. O valor desembolsado com o produto foi 29,5% maior, de US$ 957,49 milhões. De janeiro a julho deste ano, a China comprou 1,20 milhão de toneladas de carne bovina do exterior. Apesar das restrições da China às proteínas importadas, com a suspensão de vários frigoríficos em todo o mundo e testagem em massa para Covid-19 de alimentos importados, os dados mostram que o país mantém a dependência de compras externas desses produtos para abastecimento doméstico.

O aumento das importações chinesas de carnes ocorre em meio à crise que o país enfrenta na procura de alternativas para o suprimento de proteína animal, como consequência da peste suína africana (PSA) que dizimou o seu rebanho nos últimos dois anos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que as importações de carne suína pela China devem aumentar 57% neste ano, para o recorde de 3,9 milhões de toneladas. De carne bovina, o USDA projeta que o país asiático importe 2,5 milhões de toneladas até o fim deste ano, 15% mais que no ano passado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.