21/Ago/2020
A pandemia de Covid-19 e a peste suína africana (PSA) em diferentes continentes devem deixar o mundo sem suínos suficientes para atender a demanda pelo produto e seus derivados. Isso deve causar uma alta no preço futuro dos suínos magros nas próximas semanas no mercado norte-americano. Enquanto a pandemia reduziu o processamento de carne suína global e ajudou a diminuir a demanda pela proteína, na China (maior mercado consumidor), a criação foi fortemente atingida pela peste suína africana (PSA), que devastou os rebanhos chineses no ano passado.
Neste ano, a projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) é de queda de mais 15% da produção de suínos na China. Em virtude da queda, a China deve importar 4,4 milhões de toneladas de carne suína este ano, ante 2,5 milhões de toneladas no ano passado. A demanda por suínos magros deve exceder a oferta e os futuros do suíno magro podem subir para pelo menos US$ 0,70 por libra, ante um preço recente de US$ 0,51 por libra. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, a expectativa é exportar 3,4 milhões de toneladas de carne suína, ao mesmo tempo em que o país sofre com a escassez de suínos no mercado interno.
Espera-se que as populações de leitões diminuam significativamente no outono. Essa demanda extra dificilmente será atendida pela menor oferta dos Estados Unidos e haverá alta nos preços dos suínos. Mas, alguns não estão tão otimistas quanto a uma recuperação das cotações. Grande parte da demanda dos Estados Unidos, que vem de áreas do setor de serviços de alimentação, como restaurantes, permanecerá baixa em virtude das restrições relacionadas à Covid-19. Isso pode tornar a recuperação dos preços menos pronunciada. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.