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21/Ago/2020

Lácteos: oferta limitada impulsiona importações

As importações de produtos lácteos aumentaram expressivamente em julho, resultado da menor oferta de leite no campo e dos estoques limitados nos laticínios. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), 12,9 mil toneladas desses produtos foram adquiridas em julho, quase 50% acima do volume total registrado no mês anterior. O principal produto demandado pelo País foi o leite em pó, com 60% de participação no total importado, com volume de 7,7 mil toneladas em julho, alta de 70% frente a junho.

A Argentina e o Uruguai lideraram os negócios de lácteos, representando, juntos, 89% do volume adquirido. A compra de queijos também favoreceu o aumento nas importações, com total de 2,5 mil toneladas, 73% acima do observado no mês anterior. Quanto às exportações de lácteos, o volume foi de 2,9 mil toneladas em julho, avanço de 24,7% na comparação com junho/20. Dentre os produtos, o destaque foram as vendas de creme de leite, que dobraram de junho para julho, somando 708 toneladas. O principal destino foram as Filipinas, que adquiriram 44% do total vendido pelo Brasil. As exportações de leite condensado, produto com maior participação no total, subiram 8% entre junho e julho, a 1,1 mil toneladas no último mês.

Mesmo diante de um cenário com oferta limitada de leite no mercado interno, as vendas de derivados lácteos foram estimuladas pelos altos patamares do dólar frente ao Real, que teve média de R$ 5,28 em julho, valorização de 1,5% frente ao registro de junho/2020. Em termos de receita, a balança comercial registrou o maior déficit para 2020, a US$ 34,3 milhões em julho, aumento de 50,6% em relação a junho. Em volume, o déficit foi de quase 10 mil toneladas, elevação de 58,7% na mesma comparação. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.