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20/Ago/2020

Leite: impostos limitam competitividade do setor

Segundo a Associação de Produtores de Leite (Abraleite), é preciso diminuir ou isentar tributos para que cadeia de produção de leite seja mais competitiva. A entidade acredita que o Ministério da Economia está atento às preocupações do setor e que é possível evoluir nas conversas em torno da reforma tributária. O setor tem expectativa, por exemplo, na isenção ou diminuição de tributos para importação de equipamentos de produção que não existem no País, para tornar a cadeia mais competitiva. O produtor chega a pagar até 40% de imposto, fora a manutenção. Isso dificulta o investimento. Há uma preocupação do setor produtivo como um todo, de que a reforma tributária não traga mais problemas. O Brasil é o terceiro maior produtor de leite do planeta.

É preciso ampliar o consumo interno, uma vez que, comparado a outros países, ainda é baixo. O consumo per capita no País é em torno de 170 litros ao ano, considerando todos os produtos lácteos. É abaixo de países da Europa, que chegam a entre 300 a 360 litros por pessoa ao ano. É possível expandir esse consumo nacional, mas isso depende de alguns fatores. Um deles é o econômico. O setor tem expectativa de que a economia brasileira volte a crescer em breve, pois isso ajuda a demanda. A demanda está sendo muito bem trabalhada e organizada para que o Brasil também seja um grande exportador. São ações para melhorar a competitividade. Para isso, é preciso diminuir os custos de produção, industrialização e transporte.

O setor passou por algumas dificuldades durante a pandemia. Um dos problemas principais foi o fato de que muitas pessoas fizeram estoques de alimentos, temendo desabastecimento. Assim, houve alguns problemas pontuais em bacias leiteiras de algumas regiões. Normalmente, foram laticínios pequenos e cooperativas pequenas, que, por sua vez, compram de produtores pequenos, que tiveram dificuldades em escoar sua produção. Então, a Abraleite, junto à outras instituições e o Ministério da Agricultura, trabalhou para sanar esses problemas em março e abril. Foi possível equilibrar, inclusive com distribuição do leite entre indústrias de maneira segura. Hoje, não há qualquer tipo de problema. Não houve desperdício nem desabastecimento.

Uma solução adotada para evitar desperdícios foram os acordos para distribuição do leite a famílias carentes. Outra preocupação do setor é com a qualidade e segurança dos alimentos. No setor leiteiro, a segurança foi uma preocupação central desde o início da pandemia. Desde o início, os produtores foram orientados e não houve problemas com contaminação nem nas propriedades, nem nas agroindústrias produtoras. Há reuniões todos os sábados com o Ministério da Agricultura, em que as principais instituições do setor participam. Essas reuniões foram muito importantes para discussões de problemas e implantação de normas de segurança, seguindo o que os órgãos públicos recomendaram. Fonte: Correio Braziliense. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.