17/Ago/2020
A queda no abate de bovinos no segundo trimestre de 2020, sinalizada por dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirma a percepção de uma menor disponibilidade de animais, o que vem elevando as cotações do gado de corte. A queda na produção de carne bovina, entretanto, vem sendo compensada parcialmente pelo maior peso médio das carcaças, que cresceu 3,3% no período. Tal crescimento no peso das carcaças é reflexo do alto preço do boi gordo das boas perspectivas futuras, que influenciam em um aumento no investimento dos pecuaristas, principalmente na alimentação do rebanho. As carcaças de suínos ficaram 2,1% mais pesadas no trimestre na comparação anual, enquanto nas aves houve queda de 2,5%.
Os números referentes à produção de carne acumulada nos primeiros seis meses do ano sinalizam um crescimento na oferta doméstica de carne suína, ainda que os preços estejam mais elevados neste ano e as fortes exportações sejam o maior direcionador da produção. A queda no consumo interno da pecuária de corte em 2020 também é relacionada ao ciclo pecuário, voltado para o modo de retenção de fêmeas, com o bezerro muito valorizado, incentivando os criadores a segurarem as matrizes, o que se reflete em menor oferta total de gado à indústria. Nesse caso, ainda que não houvesse crescimento nas exportações, o consumo doméstico poderia cair próximo de 5%. Dadas as exportações, essa queda deverá ser mais próxima de 10%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.