14/Ago/2020
Ainda há muitas incertezas sobre o anúncio feito nesta quinta-feira (13/08) pela China, de que o país encontrou rastros de coronavírus em uma embalagem de frango brasileiro. As primeiras informações são muito superficiais. Não se sabe se a contaminação foi na carne, na embalagem, se pegou (o vírus) na produção, no transporte, ou seja, aonde de fato ocorreu essa contaminação. O governo da cidade de Shenzhen, no sul da China, disse que teste feito em uma amostra de asa de frango congelada importada do Brasil apontou presença do coronavírus.
Segundo a administração local, a descoberta foi feita após uma pequena amostra da superfície ser retirada do lote e testada por centros locais de controle de doenças. De todo modo, caso haja algum bloqueio à carne brasileira por causa disso, dificilmente a China conseguiria substituir o Brasil como fornecedor no médio e no longo prazos. No curto prazo, seria possível, mas no longo prazo, não. A China tem adquirido quantidades crescentes de carnes bovina, suína e de frango de vários países, em função do surto de peste suína africana (PSA), que dizimou pelo menos 40% do seu plantel de suínos de dois anos para cá.
O Brasil, porém, figura como um dos principais exportadores, principalmente de carne bovina e suína para os chineses, além do frango. Seria bem difícil para a China conseguir outros fornecedores rapidamente para suprir a quantidade brasileira. Outros potenciais fornecedores, como o bloco europeu, também têm casos de coronavírus em algumas regiões. Os Estados Unidos, que também produzem bastante carne de frango, consomem muito internamente. Assim, é difícil deixar de comprar do Brasil. O fato é que a China precisa do Brasil neste momento. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.