13/Ago/2020

A demanda por bois no padrão exportação continua aquecida nas regiões pecuárias do País, o que faz com que a arroba permaneça firme e até suba em regiões onde há disponibilidade deste tipo de bovino. Além disso, tem havido relativa recuperação do consumo de carne bovina no mercado interno nos últimos dias, com o Dia dos Pais, o início do mês e a flexibilização do isolamento social, o que faz com que os frigoríficos acirrem a disputa pela matéria-prima, que continua restrita. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que nos primeiros cinco dias úteis de agosto as exportações de carne bovina do Brasil alcançaram 44 mil toneladas e receita de US$ 117,82 milhões.

A média diária dos embarques foi de 8,81 mil toneladas, volume 44% maior em relação a igual período do ano passado. Isso demonstra a possibilidade de maiores avanços nos embarques de proteína bovina, tornando mais palpável o rompimento do recorde histórico. O cenário para os próximos dias ainda é de preço firme, situação que pode mudar apenas a partir do fim de agosto, quando os bois de primeiro giro de confinamento começam a entrar no mercado. Em São Paulo, nem mesmo a pressão dos frigoríficos sobre os preços consegue baixar a arroba. Assim, a indicação segue em R$ 226,00 por arroba à vista e a R$ 229,00 por arroba a prazo. A tentativa da indústria ocorre por causa das escalas um pouco mais alongadas, de cerca de cinco dias úteis.

A média Brasil é de R$ 215,01 por arroba, alta de 1,26% nos últimos sete dias. O cenário é de firmeza também em outras regiões do País. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 201,00 por arroba a prazo. Na Bahia, a cotação está entre R$ 224,50 e R$ 225,50 por arroba à vista. Em São Paulo, no atacado, a carcaça casada do boi castrado se mantém estável a R$ 14,60 por Kg. Na segunda quinzena do mês, provavelmente o consumo interno da proteína deve se arrefecer um pouco, como é de costume, já que a população gasta mais com carne vermelha no início do mês, quando recebe os salários. Assim, o cenário de estabilidade nos preços internos deve prevalecer.