11/Ago/2020
O mercado do boi gordo deve seguir firme nesta semana. O fato de haver poucos bois terminados para abate e a competição dos frigoríficos que atuam no mercado interno com os exportadores são os motivos das indicações mais altas de compra. No mercado interno, que andava em ritmo lento nos últimos tempos, houve certa reação no consumo de carne bovina neste início de agosto por causa do Dia dos Pais e do pagamento de salários. Daqui para a frente até o fim do mês, pode ser que o consumo interno da proteína se desacelere um pouco sem esses dois fatores estimulantes, o que não quer dizer que o preço do boi gordo deva cair, já que a demanda externa por carne continua forte e a situação ainda é de oferta limitada no físico.
Os bois de confinamento ainda não chegaram em grande volume e não devem, no médio prazo, chegar em grande volume ao mercado. O confinamento de bovinos este ano começou a ficar mais atrativo somente a partir deste mês de agosto e deve seguir assim pelo menos até novembro. De todo modo, a atividade deve encolher este ano em relação ao ano passado. É importante lembrar que o preço da arroba do boi gordo subiu 44% nos últimos 12 meses, mas o gado de reposição subiu mais e isso incomoda o pecuarista na hora de investir em confinamento.
Assim, a partir deste segundo semestre, deve haver um aumento na oferta dos bovinos engordados no cocho, mas não deve ocorrer uma oferta muito expressiva de boiadas nos próximos meses. A oferta continuará curta. Em São Paulo, o boi gordo segue firme e estável, entre R$ 226,00 e R$ 229,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso, onde se comercializam muitos bois para exportação, os compradores elevam as indicações para entre R$ 197,00 e R$ 201,00 por arroba à vista. Em Goiás, a indicação está entre R$ 221,00 e R$ 222,00 por arroba a prazo, diante da dificuldade de originação de matéria-prima. Em São Paulo, no atacado, o traseiro avulso está cotado a R$ 15,90 por Kg. O dianteiro avulso está cotado a R$ 13,10 por Kg.