ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Ago/2020

Frango: desvalorização no mercado internacional

De acordo com os dados divulgados pela FAO, em julho a carne de frango foi a única a registrar evolução positiva de preço. Mas, o aumento de 2,36% em relação a junho não altera a direção do produto no mercado internacional, visto que o valor atingido em julho de 2020 ainda ficou 19% abaixo do registrado um ano antes, além de corresponder a uma desvalorização superior a 12% nos primeiros sete meses deste ano. Nos últimos 12 meses, a carne de frango sofreu maior desvalorização entre as proteínas animais. Em julho/2019, a carne de frango apresentava relação de preços muito próxima das carnes bovina e suína.

Ou seja: comparativamente aos 100 pontos registrados no triênio 2014/2016 (nova base de preços da FAO), alcançava 102,05 pontos, contra 101,34 pontos da carne suína e 99,17 pontos da carne bovina. Dessa forma, o melhor desempenho, então, era o da carne de frango, com diferença a seu favor de 0,71% em relação à carne suína e de 2,88% em relação à bovina. Essa situação começou a sofrer reversão ainda em 2019, mas se intensificou no decorrer de 2020. Os preços da carne bovina e suína deram os primeiros sinais de retrocesso no decorrer de 2019 e, com isso, as três carnes chegaram a julho com uma variação anual de preços negativa.

Porém, frente à redução de 18,69% da carne de frango, a redução da carne suína (favorecida pelo surto de peste suína africana) foi de 10,5% e a da carne bovina de apenas 1,05%. Comparativamente aos preços da carne de frango, a carne bovina reverteu seus 2,88 pontos negativos para 15,16 pontos positivos; e a carne suína (que há um ano perdia por 0,71%) agora tem a seu favor 7,69%. O Brasil, como principal exportador mundial da carne de frango, tem papel fundamental na formação de preço. A recuperação de preço observada em julho passado foi reflexo de cortes na produção brasileira, ocasionados pelo aumento de custos, mas, também, pela indefinição do mercado frente à pandemia de Covid-19. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.