10/Ago/2020
Assim como a carne suína, as duas principais substitutas, a bovina e de frango, se valorizaram em julho. No entanto, a forte elevação nos preços do suíno vivo, que tem impulsionado as cotações de todo o setor, fez com que a alta no valor da carcaça suína superasse a das concorrentes. Na média de julho, a diferença entre os preços da carcaça especial suína e do frango inteiro cresceu frente à média de junho, ao passo que, na comparação com a carcaça bovina, a diferença foi menor. Isso mostra a diminuição da competitividade dos produtos suinícolas no mercado interno.
Assim, a carcaça suína foi negociada R$ 5,96 por Kg abaixo da carcaça casada bovina, queda na diferença de 13,8% frente a junho. Porém, na comparação com o frango inteiro, a elevação na diferença foi de 38,2%, indo para R$ 3,78 por Kg. Para a carne bovina, os embarques elevados desde maio seguem sustentando as cotações domésticas, assim como a oferta reduzida de bovinos para abate, dado o período de entressafra. Na média de julho, a carcaça casada registrou média de R$ 14,49 por Kg, elevação de 3% em relação a junho. Mesmo o preço do quarto dianteiro, de menor valor agregado, tem estado em alta nos últimos meses, aproximando-se da cotação da carcaça, com média de R$ 13,23 por Kg em julho, alta de 2% na mesma comparação.
Enquanto as concorrentes vêm registrando forte liquidez no mercado externo, o preço da carne de frango tem sido sustentado pelo aumento das vendas domésticas. Esse cenário indica que o menor poder de compra da população, devido à crise provocada pelo novo coronavírus, pode estar mudando os hábitos de consumo de parte dos brasileiros. Em São Paulo, no atacado, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 4,75 por Kg em julho, elevação de 7,4% frente ao mesmo período do mês anterior. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.