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10/Ago/2020

Suíno: forte reação dos preços nos últimos 30 dias

Em julho, os valores do suíno vivo iniciaram um movimento de recuperação em todas as regiões. As altas nas cotações foram intensificadas pela baixa oferta de suínos em peso ideal para abate. Do lado da demanda, a reabertura parcial do comércio em importantes regiões consumidoras em junho favoreceu a procura pela carne suína ao longo de julho. Além disso, as exportações brasileiras da proteína suína continuaram registrando bom desempenho, o que também limitou ainda mais a disponibilidade doméstica. Outro fator que influenciou as altas do suíno vivo foi o elevado preço do boi gordo no mercado brasileiro. Isso porque as cotações dos produtos suinícolas, de modo geral, tendem a acompanhar as movimentações do mercado de bovinos.

Neste cenário, em algumas regiões, os valores médios do suíno atingiram patamares recordes reais da série do Cepea, iniciada em 2002 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI). Em termos nominais, o suíno foi negociado nas máximas da série do Cepea. Em Santa Catarina, na região oeste, os preços atingiram recorde real de R$ 5,92 por Kg no dia 21 de julho, renovando as máximas nos dias seguintes. No mês, a elevação foi de 22,7% com média de R$ 5,38 por Kg. No Paraná, na região sudoeste, a valorização mensal foi de 24,5%, com o suíno comercializado na média de R$ 5,51 por Kg. O recorde nominal foi registrado no dia 21 de julho, de R$ 6,20 por Kg.

Em Minas Gerais, na região de Ponte Nova, a valorização mensal do suíno vivo foi de 20,7%, com média de R$ 6,30 por Kg e patamar máximo da série histórica para a região de R$ 7,00 por Kg no dia 21 de julho. Essa cotação diária se aproxima do recorde real observado nesta região, de R$ 7,78 por Kg, registrado em dezembro/2004. Em São Paulo, no atacado, a carcaça especial suína teve forte valorização de 19,3% de junho para julho, atingindo R$ 8,54 por Kg no dia 31 de julho. Para a carcaça comum, a alta no preço foi de 18,6% no período, cotada a R$ 8,18 por Kg. Apesar do aumento nas cotações, houve dificuldades em negociar carcaças e cortes em patamares mais altos, principalmente por conta do arrefecimento na demanda doméstica, no período de segunda quinzena do mês. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.