10/Ago/2020
Após registrar recorde em maio, os embarques de carne suína in natura, atingiram, em julho, o segundo maior volume de toda a série histórica da Secex, iniciada em 1997. Em julho, o Brasil exportou 90,2 mil toneladas de carne suína, apenas 500 toneladas a menos do que em maio. Com as exportações elevadas, as cotações do suíno vivo no mercado doméstico estiveram em alta, renovando as máximas nominais na maior parte das regiões e chegando nos recordes reais, em outras. O volume de carne suína embarcado em julho ficou 3,7% acima do verificado no mês anterior e bem superior (+46,7%) à quantidade escoada de julho/2019, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Em relação à receita obtida pelo setor, enquanto o preço internacional da carne suína brasileira segue em queda, chegando ao menor patamar desde março de 2019, o dólar valorizado frente ao Real e o alto volume exportado garantem ganhos ao setor. Em julho, as exportações suinícolas geraram receita de R$ 1,01 bilhão, aumento de 3,8% frente ao mês anterior e quase o dobro da obtida em julho/2019. No mês passado os principais destinos da proteína brasileira in natura foram China (49,7 mil toneladas), Hong Kong (10,9 mil toneladas), Vietnã (6,7 mil toneladas) e Cingapura (5 mil toneladas). Apesar das aquisições de Hong Kong e Cingapura recuarem respectivos 25% e 33%, as importações chinesas cresceram 12% enquanto as do Vietnã mais que dobraram (147%).
No acumulado do ano, o setor suinícola embarcou 511,5 mil toneladas, que, além de ser 42,4% maior que o volume do mesmo período de 2019, é a maior quantidade de carne suína in natura já exportada nos sete primeiros meses de um ano. Se os embarques seguirem nesse ritmo, em setembro, o setor exportador terá superado as 639,5 mil toneladas escoadas em todo ano de 2019. O alto volume exportado tem ainda elevado a demanda da indústria nacional por suínos no mercado independente, limitando ainda mais a oferta de suínos para abate e reforçando o movimento de alta nos preços, que vem sendo verificado desde meados de julho. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.