ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

10/Ago/2020

Carnes: parque frigorífico está superdimensionado

Segundo a Minerva Foods, o parque frigorífico no Brasil é superdimensionado e muito intensivo em mão de obra, o que aumenta custos fixos e limita a automatização dos processos nas unidades de abate. Esse superdimensionamento (da quantidade de plantas) faz com que a indústria frigorífica trabalhe com ociosidade elevada, aumentando os custos fixos. Sobre a quantidade de mão de obra no País, a média é de um colaborador para um boi. Ou seja, se temos uma indústria que abate mil cabeças por dia, é preciso mil funcionários.

É importante lembrar as dificuldades no País em relação à contratação de mão de obra qualificada e a questões trabalhistas. Isso também dificulta a padronização da matéria-prima, a carne, e a automatização de algumas etapas na linha de abate. Outro obstáculo que o setor frigorífico brasileiro enfrenta é a "concorrência desleal". A grande indústria é obrigada, seja por vontade própria ou por exigências externas, a trabalhar mais intensivamente as questões de sanidade, qualidade e sustentabilidade. Já as indústrias menores, muitas sem inspeção federal, não são tão exigidas e isso gera concorrência desleal porque, no fim, todas disputam o mesmo boi.

O setor deve trabalhar melhor sua imagem, principalmente em relação a assuntos ligados a aquecimento global e desmatamento, questões em que a pecuária é muito visada. Sob este aspecto, o Brasil tem uma oportunidade única de assumir uma produção sustentável e a liderança mundial. Mais uma fonte de apreensão é a questão do fim da vacinação do rebanho brasileiro contra febre aftosa. Este assunto pode ser visto como uma ameaça. É preciso avançar no status sanitário, mas isso deve ser feito com muito critério. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.