05/Ago/2020

Segundo o ministro conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui, a demanda chinesa por carne bovina deverá dobrar nos próximos sete anos com a expectativa de aumento de consumo pela população. A importação deverá atingir 8 milhões de toneladas antes do fim da década e grande parte será de origem brasileira. Para fortalecer as relações nesse mercado, no entanto, ele sugeriu maior agressividade, paciência e energia do empresariado brasileiro nas negociações. Segundo ele, os empresários brasileiros precisam ser mais agressivos no mercado chinês e evitar o imediatismo.

É preciso pensar em longo prazo, investir em marketing e entender melhor o consumidor chinês. Também é necessário gastar mais energia em procurar parceiros locais para que as cadeias de comércio e produção possam ser mais integradas entre China e Brasil. Hoje, o chinês consome 4 quilos de carne bovina por ano. Ainda é muito pouco. A estimativa é que até 2027 a importação chinesa de carne bovina chegue a 8 milhões de toneladas. O Brasil tem conseguido ocupar fatia significativa do mercado chinês, com 30% da importação. O potencial é muito grande.

Yuhui contou que a política da China prevê a busca pela autossuficiência nos principais alimentos, sobretudo de arroz e trigo, mas admite a maior dependência do mercado internacional para a demanda de outros itens e derivados. A China tem urbanização intensa, tem a maior classe média do mundo com 400 milhões de pessoas. Haverá maior demanda, sofisticação e diversificação por produtos agropecuários. Fonte: Valor Econômico. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.