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05/Ago/2020

Carnes: volatilidade com as restrições chinesas

Ainda é muito cedo para afirmar se desaceleração nos preços da carne bovina brasileira em dólares teria relação com algum estoque acumulado nas principais regiões importadoras, como a China. O ambiente competitivo global ainda permanece favorável ao Brasil. De acordo com os dados de julho divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), a carne bovina brasileira manteve a melhor dinâmica de preços em uma base anual, na comparação com outras proteínas produzidas pelo País.

No entanto, todas as proteínas estão expostas ao risco de volatilidade, uma vez que a China suspendeu as licenças de certas plantas frigoríficas em todo o mundo. Até o momento, sete unidades no Brasil foram afetadas: duas de carne bovina, duas de suínos e três de aves. A boa dinâmica da carne bovina brasileira ocorre porque outros principais exportadores da proteína estão atualmente enfrentando restrições, como, por exemplo, a Austrália, que enfrenta suspensões para exportar para a China. Em relação às aves, ainda não é possível determinar se este é um ponto de inflexão e se os preços vão aumentar daqui em diante.

Em maio, Brasil e Estados Unidos implementaram ajustes na oferta de aves domésticas, e os serviços de alimentação em várias regiões começaram a ser retomados em junho. Essa combinação pode ter ajudado a ajustar o P&D global de aves. As inundações recentes na China podem beneficiar as exportações de carne suína brasileira. O excesso de chuva aparentemente atrasou a recomposição do rebanho de suínos. Isso pode ajudar a impulsionar a demanda por carne suína brasileira no futuro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.