03/Ago/2020

O mercado do boi gordo registra uma movimentação um pouco maior. O pagamento dos salários, que tende a elevar o consumo, e a necessidade de preencher as escalas em um momento de oferta restrita de bovinos prontos faz com que as indústrias paguem acima da referência. O movimento está levando à alta da arroba em várias regiões. O valor médio da arroba do boi gordo em todo o Brasil está próximo de romper a barreira dos R$ 210,00 por arroba (R$ 209,78 por arroba).

Em São Paulo, a cotação é de R$ 225,00 por arroba a prazo. O chamado “boi China” (animal jovem, para exportação) está cotado a R$ 230,00 por arroba. As escalas em São Paulo estão se alongando, ainda que com dificuldades. As programações de abate no Estado são de cinco dias, apesar de ainda incompletas. Em Mato Grosso do Sul, a cotação média é de R$ 212,17 por arroba; em Goiás, R$ 212,50 por arroba; no Pará, R$ 207,00 por arroba; e em Tocantins, R$ 210,67 por arroba.

Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado, em média, a R$ 205,40 por arroba a prazo. No Rio de Janeiro, a cotação é de R$ 209,00 por arroba a prazo. A atual força dos preços do boi gordo pode ser mensurada pela variação identificada no mês de julho para o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Os negócios à vista atingiram média em julho de R$ 220,76 por arroba, um recorde real da série histórica (dos meses de julho), iniciada pelo Cepea em 1994. A valorização representa um salto de 5,2% em relação ao mês de junho.

A alta é atribuída a uma combinação envolvendo alto fluxo de exportações de carne bovina (intensificado pela demanda chinesa) e oferta extremamente restrita de bovinos terminados. Em São Paulo, no atacado, os preços registram leves ajustes positivos. A valorização deve-se mais à redução do ritmo de oferta de carne do que ao aquecimento na demanda. No entanto, a virada de mês já está elevando o consumo de proteínas. O traseiro do boi avulso está cotado a R$ 15,10 por Kg e a vaca casada, a R$ 13,50 por Kg.