29/Jul/2020
Muitos frigoríficos estão fora das compras, avaliando o mercado e ajustando o planejamento para os próximos dias. A expectativa é de que o ritmo de negócios acelere no decorrer da semana, diante da proximidade do pagamento de salários. As exportações seguem aquecidas. No mercado físico, os preços do boi gordo se mantêm estáveis. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 220,00 por arroba à vista e a R$ 222,00 por arroba a prazo. O “boi China” permanece cotado a R$ 225,00 por arroba à vista.
Em Mato Grosso do Sul, onde os frigoríficos estão mais ativos com objetivo de preencher as escalas de abate que ainda permanecem curtas, o boi gordo está cotado a R$ 210,00 por arroba à vista e a R$ 212,00 por arroba a prazo. A programação foi reduzida em 18% em São Paulo (7,5 dias), 34% em Mato Grosso do Sul (2,8 dias), 33% em Goiás (2,5 dias), 28% em Mato Grosso (3,8 dias), 30% no Pará (2,3 dias) e 30% em Tocantins (2,3 dias).
A oferta de bovinos e a boa demanda externa dão sustentação aos preços. Muitos frigoríficos estão diminuindo as aquisições de gado para equilibrar a produção com a demanda atual por proteínas no País. Por outro lado, vários pecuaristas estariam optando em segurar os poucos bois disponíveis, esperando preços mais altos, o que lhes daria melhor poder de compra na reposição. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos primeiros 18 dias úteis de julho, a média diária em volume exportado foi 30,9% superior a igual período do ano passado.
Na mesma comparação o faturamento médio diário subiu 34,5% e o preço médio em dólar aumentou 2,5%. Isso ajuda a explicar por que o preço da arroba continua firme, sustentado em patamares elevados. Em São Paulo, no atacado, os preços se mantêm estáveis. O traseiro do boi avulso permanece cotado a R$ 14,60 por Kg e a vaca casada, a R$ 13,00 por Kg. O consumo interno permanece fraco, mas pode haver alguma recuperação no início de agosto, com a entrada da massa salarial e as comemorações do Dia dos Pais.