23/Jul/2020
Depois de caírem com força entre março e abril, os valores do suíno vivo iniciaram um movimento de recuperação em todas as regiões, e segue firme. Neste mês, a alta nas cotações tem sido intensificada pela baixa oferta de suínos em peso ideal para abate. Do lado da demanda, a reabertura parcial do comércio em importantes regiões consumidoras em junho, segue favorecendo a procura pela carne suína ao longo de julho.
Além disso, as exportações brasileiras de carne suína continuam registrando bom desempenho, o que tem limitado ainda mais a disponibilidade doméstica. Outro fator que tem influenciado as altas do suíno vivo é o elevado preço do boi gordo no mercado brasileiro. As cotações dos produtos suinícolas, de modo geral, tendem a acompanhar as movimentações dos valores do mercado de bovinos. Diante disso, em algumas regiões, especialmente nas de Minas Gerais, os valores médios do suíno se aproximam dos patamares recordes reais da série do Cepea iniciada em 2002 (os valores foram deflacionados pelo IGP-DI).
Em termos nominais, ou seja, sem considerar a inflação, em muitas regiões o suíno é negociado nas máximas da série do Cepea. No mercado independente da região produtora de São Paulo (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), o suíno vivo registra valorização de 9,3% nos últimos sete dias, comercializado a R$ 6,40 por Kg, recorde nominal para a região. O maior patamar real nessa região é de R$ 7,86 por Kg, verificado em dezembro de 2004. Em Minas Gerais, na região de Ponte Nova, a valorização do suíno vivo é ainda mais intensa, de 14,9% no período, com o suíno negociado a R$ 7,00 por Kg, também patamar máximo da série histórica para a região.
Esse preço se aproxima do recorde real observado nesta região de Minas Gerais, de R$ 7,78 por Kg, também em dezembro/2004. Em Santa Catarina, na região oeste, os preços apresentam recorde nominal de R$ 5,92 por Kg, elevação de 8,7% nos últimos sete dias. O recorde real dessa região é de R$ 7,07 por Kg, verificado em setembro/2004. No Paraná, na região sudoeste, a alta no valor é de 13,8% no mesmo período, com o suíno comercializado na média de R$ 6,20 por Kg, igualmente recorde nominal. Considerando-se a inflação, a maior média mensal vista pelo Cepea foi em outubro/2014, de R$ 6,57 por Kg. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.