20/Jul/2020
O mercado físico do boi gordo está em ritmo lento, mas os preços seguem firmes, sustentados pela demanda externa. Muitos frigoríficos estão focados em atender os contratos de exportação. A relativa inércia do mercado interno pode ser explicada por diversos fatores, entre eles o interesse pontual de compra em escala por parte das indústrias e a disposição do pecuarista, mais capitalizado, em não aceitar ofertas que considera baixas pelo pouco boi terminado que lhe resta. Na média Brasil, o boir gordo está cotado a R$ 204,80 por arroba. Em São Paulo, o preço médio se mantém estável, a R$ 214,95 por arroba à vista e a R$ 220,00 por arroba a prazo. Em Goiás, a cotação está entre R$ 205,00 e R$ 210,00 por arroba.
Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 192,00 por arroba e no Pará, a R$ 202,00 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, o preço é de R$ 207,50 por arroba e em Tocantins, R$ 207,33 por arroba (valores médios). A indústria segue com a estratégia de ofertar de valores mais baixos. A oferta é escassa e a demanda está ajustada, o que indica estabilidade com preços sustentados em patamares elevados. Muitas indústrias preferem a compra de fêmeas. Apesar da recente alta dos preços das novilhas (preferida para acabamento por alguns), a remuneração, na maioria das vezes, ainda é inferior à desembolsada pelo macho. Em São Paulo, no atacado, há recuos nos preços dos principais cortes bovinos. O traseiro do boi avulso, por exemplo, está cotado a R$ 14,60 por Kg e a vaca casada, a R$ 13,00 por Kg.