17/Jul/2020
As cotações dos principais derivados lácteos subiram durante o mês de junho nas negociações entre indústrias e canais de distribuição do estado de São Paulo, que é considerado o maior mercado consumidor do Brasil. A valorização dos lácteos ocorreu devido aos menores estoques, já que a produção de leite no campo também esteve limitada em função da menor disponibilidade e baixa qualidade das pastagens, cenário comum ao período de entressafra nas Região Sudeste e Centro-Oeste. Em junho, o preço médio do leite UHT registrou expressiva alta de 17,6% frente ao mês anterior e de 26,6% em comparação ao mesmo período de 2019, fechando a R$ 3,19 por litro, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de junho/2020). Apesar de os estoques limitados terem possibilitado aumentos graduais nos valores ao longo do mês, o ritmo de alta perdeu força na segunda quinzena, devido à pressão dos canais de distribuição.
No caso do queijo muçarela, a demanda seguiu firme durante o mês de junho, sustentando as cotações. Assim, o derivado se valorizou 23% em relação a maio/2020 e 24,1% ante ao mesmo período de 2019, com preço médio de R$ 22,34 por Kg, em termos reais. Quanto ao indicador semanal do leite em pó (sachê de 400g), fechou junho com média de R$ 19,78 por Kg, aumento de 10,9% frente a maio/2020 e de 14,2% em comparação ao mês de junho/2019, em valores reais. Na primeira quinzena de julho, as cotações do leite longa vida registraram média parcial de R$ 3,14 por litro, recuo de 1,5% frente à média de junho/2020. O queijo muçarela teve média parcial de R$ 24,53 por Kg, alta de 9,8% na mesma comparação. Para o leite em pó, o preço médio se manteve em R$ 19,78 por Kg. A expectativa dos agentes de mercado é que os valores continuem se elevando ao longo do mês, devido à demanda ainda aquecida por lácteos e pelos altos patamares das cotações pagas aos produtores. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.