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17/Jul/2020

Leite: importações têm forte recuo no 1º semestre

No primeiro semestre de 2020, as importações brasileiras de produtos lácteos registraram queda de 32,8% frente ao mesmo período de 2019, enquanto as exportações, por sua vez, aumentaram 17,5% no mesmo comparativo, conforme indicam dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As importações somaram 52 mil toneladas, e os embarques, 14,4 mil toneladas, respectivamente. Este cenário esteve atrelado à desvalorização do Real frente à moeda norte-americana, que teve média de R$ 4,93 no primeiro semestre deste ano, 28,2% acima da média registrada no mesmo período de 2019.

Nesses primeiros seis meses de 2020, a importação de leite em pó diminuiu 41,3% frente ao primeiro semestre do ano anterior, impactando diretamente no total adquirido, visto que esse derivado tem a maior participação nas compras brasileiras de lácteos. Quanto aos embarques, os destaques são as negociações de leite em pó, que triplicaram na comparação com o primeiro semestre de 2019, e de creme de leite, que aumentaram 9,4% no mesmo período. Se no primeiro semestre houve recuo nas importações, mas aumento nos embarques, especificamente em junho, o movimento foi o oposto. A quantidade importada cresceu 14,6% frente ao registrado em maio, totalizando 8,6 mil toneladas. Mesmo com o dólar em patamares elevados, a oferta restrita de matéria-prima reduziu a produção nacional de derivados, favorecendo a compra externa para abastecer a demanda doméstica.

A importação de leite em pó, que representou 53% do total adquirido em junho, aumentou 27,6% em relação a maio, com total de 4,5 mil toneladas. O volume exportado recuou 3,2% de maio para junho, totalizando 2,3 mil toneladas. As quantidades de leite condensado e de creme de leite vendidas no mercado internacional diminuíram 14,9% e 38,6% na mesma comparação, influenciando o cenário de retração. Em termos de receita, a balança comercial em junho registrou déficit de US$ 22,8 milhões, 19% acima do registrado em maio. Em volume, o aumento do déficit foi de 23,2% na mesma comparação, diferença de 6,2 mil toneladas entre quantidade total importada e exportada. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.