17/Jul/2020
O Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira aumentou por mais um mês. Em junho, na média Brasil (Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo), a alta foi de 0,26%. No primeiro semestre deste ano (janeiro a junho), o desembolso do produtor de leite subiu 4,32%. O destaque é para o estado de Santa Catarina, onde os custos aumentaram 8,29%, devido à forte valorização de 15,18% do concentrado nesse período. Com o Real se valorizando 7,75% (considerando a média mensal) frente à moeda norte americana em junho, os insumos que têm seu preço balizado pelo dólar registraram queda ou estabilidade no período. As cotações dos adubos e corretivos caíram 0,15%. Por outro lado, no acumulado do primeiro semestre, os valores desses produtos registraram alta de 2,33%, acompanhando o movimento de desvalorização cambial.
A oferta restrita de milho em 2020, em função de adversidades climáticas na primeira safra e do alto volume exportado no fim de 2019, impulsionou os preços do cereal em mais de 20% no primeiro trimestre do ano, chegando a atingir R$ 60,00 por saca de 60 Kg. No segundo trimestre, os preços caíram, oscilando entre R$ 45,00 e R$ 50,00 por saca de 60 Kg. Nesse cenário, as rações acumularam valorização de 8,56% em 2020, desafiando os custos de produção do leite. Com o recuo nas cotações do milho em junho, o leite obteve a melhor relação de troca do ano com o cereal (35,22 litros de leite por saca de 60 kg de milho). Entretanto, em junho de 2019 eram necessários 24,9 litros por saca de 60 Kg de milho. Dessa forma o poder de compra do produtor de leite diminuiu quase 30% na comparação anual. Fonte: Cepea Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.