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16/Jul/2020

Boi: preço firme mesmo com pressão da indústria

A disputa sobre preços entre compradores e vendedores se mantém no mercado físico do boi gordo. As indústrias pressionam por preços menores e os produtores resistem, pois querem valores mais compensadores, que financiem a reposição do plantel. Assim, a arroba continua subindo em algumas regiões e se mantém firme em outras. Nos últimos dias, o mercado vem assistindo uma espécie de "estica e puxa". Assim que os frigoríficos conseguem alongar razoavelmente suas escalas de abate, alguns reduzem o ritmo de compras no físico para tentar obter lotes com preços menores. Isso vem provocando certa volatilidade de preços. Em Mato Grosso do Sul, a programação média de abate é de 2,9 dias. Em Mato Grosso, a média é de 6,4 dias. Na média brasileira, o boi gordo está cotado a R$ 204,66 por arroba.

Em São Paulo, a média é de R$ 215,36 por arroba. A escala média de abate no Estado é de 3 dias e a cotação está firme, a R$ 218,00 por arroba à vista e a R$ 223,00 por arroba a prazo. A vaca gorda e a novilha gorda estão cotadas a R$ 200,00 por arroba e a R$ 210,00 por arroba, respectivamente. Em Mato Grosso, o boi gordo está cotado a R$ 192,00 por arroba à vista. Em Mato Grosso do Sul, a cotação está entre R$ 206,00 e R$ 209,00 por arroba a prazo. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 210,00 por arroba a prazo. Em Minas Gerais, a cotação é de R$ 215,00 por arroba a prazo e no Rio Grande do Sul, R$ 215,00 por arroba à vista. Há a possibilidade de que o cenário de oferta restrita possa oscilar levemente com a entrada, nos frigoríficos, de um maior número de bovinos provenientes do primeiro giro de confinamento. Isso deve ocorrer entre o fim de julho e início de agosto.

No entanto, caso não haja nenhum fato novo, a tendência é de que os preços se mantenham em patamares elevados em função de outros fatores, como a ausência do boi de pasto e a demanda externa. A exportação continua com bom fluxo. A conclusão tem como base os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), referentes aos embarques brasileiros de carne bovina in natura nos 8 primeiros dias de julho: média de 6,6 mil toneladas por dia, equivalente a um faturamento diário de R$ 27 milhões, representando aumento de 14% e de 17%, respectivamente, em relação a igual período de 2019. Em São Paulo, no atacado, os preços estão estáveis e há uma desaceleração na procura por proteína animal em São Paulo (provável reflexo da tradicional perda de poder aquisitivo do consumidor na segunda metade do mês). O traseiro do boi avulso está cotado a R$ 15,10 por Kg e a vaca casada. A R$ 13,50 por Kg.