14/Jul/2020
O mercado físico do boi gordo não deve apresentar alterações nesta semana. Em função da entressafra e da limitada intenção de confinamento no primeiro giro, as expectativas são de que a oferta permanecerá restrita. Esta condição foi fundamental para a firmeza dos preços ao longo da semana passada, apesar das tentativas de indústrias de obter menores valores na compra. Entre as principais regiões de pecuária do Brasil, há alguma volatilidade nos últimos dias úteis, mas sem romper os patamares elevados de preço.
As cotações se mantêm firmes no País, em média, a R$ 203,70 por arroba à vista. Em São Paulo, o boi comum (geralmente para mercado interno) está cotado a R$ 218,00 por arroba à vista. O valor pago ao produtor na entrega do chamado “boi China” segue superior, cotado a R$ 225,00 por arroba à vista. Em Tocantins, a cotação média é de R$ 205,00 por arroba a prazo. Em Goiás, o boi gordo está cotado a R$ 207,00 por arroba a prazo. Nestes Estados, as indústrias estenderam as escalas de abate, reduziram as aquisições e conseguiram obter preços menores em lotes de gado terminado.
No Rio Grande do Sul, a cotação está entre R$ 208,00 e R$ 209,00 por arroba à vista. No Estado, há pouca disponibilidade de bovinos, reflexo do período de estiagem prolongada ocorrida entre novembro de 2019 e abril de 2020, prejudicando pastagens e lavouras de insumos. A oferta restrita de gado limita a pressão sobre as cotações e isso deve perdurar durante esta semana, mas é importante lembrar que se aproxima a virada de quinzena, quando geralmente o consumo interno fica mais fraco. Em São Paulo, no atacado, o traseiro do boi avulso está cotado a R$ 15,10 por Kg e a vaca casada, a R$ 13,50 por Kg. O consumo doméstico esboça leve aquecimento nesta primeira quinzena.