14/Jul/2020
Em novo relatório sobre as tendências de produção, consumo e comércio mundial de carnes, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) observa que o déficit de proteína ocasionado pela peste suína africana (PSA) faz com que a demanda chinesa por carne importada permaneça bastante forte, situação que impulsiona o comércio internacional do produto. Apesar dos problemas causados pela Covid-19 e das interrupções na economia e no food service, o aumento de demanda nos cinco primeiros meses de 2019 superou as expectativas.
Daí as previsões de importação das carnes suína, bovina e de frango pela China terem sido revisadas, todas, para cima. Junto com as importações chinesas, cresce também a produção mundial das carnes de frango e bovina. Mas, o consumo global das três carnes tende a uma redução de 4%. A participação da China no comércio mundial continua aumentando de forma expressiva. Considerado o conjunto dos maiores importadores, já responde por 28% do total negociado, contra pouco mais de 20% em 2019.
Individualizadas essas importações segundo o tipo de carne adquirida no mercado internacional, 43% são de carne suína, 29% de carne bovina e perto de 10% de carne de frango. Mas, esse aumento de participação fica bem mais visível ao se comparar a participação chinesa prevista para 2020 com aquela registrada quatro anos atrás, em 2016, ou seja, bem antes que a produção local de suínos fosse afetada pela peste suína africana (PSA).
Nesta última previsão, o USDA mantém a expectativa de queda nas importações de carne de frango: projeta redução anual próxima de 3%, enquanto estima aumento de 0,64% para a carne bovina e de quase 21% para a carne suína. As exportações mundiais de carne de frango também deverão sofrer redução. Mas, o retrocesso será mínimo, não chegando 0,5%. O Brasil está excluído dessa queda, prevendo-se que suas exportações aumentem mais de 5%. Em essência, devido aos quase 60% de aumento das importações chinesas. Fonte: AviSite. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.