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10/Jul/2020

Boi: preços se mantêm estáveis e oferta é restrita

Depois de semanas de sucessivas altas da arroba no mercado físico do boi gordo, os últimos dias apontaram para uma estabilização dos preços em grande parte do Brasil. O mercado se mantém lento, com reduzido volume de negócios e pouca liquidez, provável reflexo da queda de braço que vem sendo travada entre compradores e vendedores. Os primeiros tentando adquirir a valores menores e em compasso mais lento de compra e os segundos ainda firmes na resistência a uma leve pressão de baixa. No Brasil, a cotação média do boi gordo é de R$ 203,27 por arroba no Brasil (valor bruto para pagamento à vista), queda de 1,35% na comparação diária. Em São Paulo, a cotação do boi gordo se mantém estável em R$ 214,67 por arroba.

As cotações da vaca gorda e novilha gorda à vista são de R$ 198,00 por arroba e R$ 208,00 por arroba, respectivamente. O consumo comedido de carne bovina e as incertezas quanto aos próximos dias pressionam os preços em São Paulo. Em Mato Grosso do Sul, o boi gordo está cotado a R$ 206,63 por arroba. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 215,00 por arroba à vista (bruto). O mercado deve se manter fraco, mas não há nenhum sinal de forte pressão de baixa, considerando a pouca oferta de bovinos e as escalas que continuam curtas. O quadro é de comportamento comedido dos frigoríficos brasileiros no que diz respeito às compras de gado. Isso acontece mesmo com escalas apertadas. A percepção é de que as indústrias estão reduzindo seu ritmo de abates diários para não gerar excedentes em seus estoques nas câmaras frias.

Possível resultado de uma demanda interna ainda desaquecida pela carne bovina. Os volumes de exportação seguem positivos, um dos alicerces de preço da arroba no mercado físico. Mesmo com dificuldades na renegociação dos preços da carne entre alguns frigoríficos com a China, as grandes indústrias continuam embarcando volumes consistentes. Em São Paulo, no atacado, os preços de alguns cortes registram alta. Essas valorizações têm suporte na menor oferta de carne provocada pela redução do ritmo de abate dos frigoríficos e pela elevação nos preços de proteínas animais concorrentes. Outro fator pontuado é a entrada da massa salarial a partir do quinto dia útil do mês, que sempre provoca alguma recuperação no consumo. O preço do traseiro do boi avulso é de R$ 15,10 por Kg, enquanto o preço da vaca casada é de R$ 13,50 por Kg.