08/Jul/2020
A queda mais forte na produção de leite no País em abril (-3,3%) e o ritmo menor de crescimento do volume captado em maio, com os atrasos na safra na Região Sul e clima menos favorável, colaboram para um ajuste do lado da oferta de matéria-prima (leite cru), em meio à demanda interna patinando. Com isso, os preços do leite ao produtor no pagamento de junho, que remuneram a produção entregue em maio, subiram. Considerando a média nacional dos dezoito Estados, a alta foi de 4,0% em relação ao pagamento anterior.
Na Região Sul do País, as altas chegaram a 10,1% em Santa Catarina e 7,3% no Rio Grande do Sul. Lembrando que as cotações ficaram estáveis no pagamento realizado em abril e caíram em maio último, com a forte pressão do lado da demanda interna (reflexo da pandemia), mesmo em um período de queda na produção em boa parte das bacias leiteiras no País. Os estoques menores nas indústrias (produção de matéria-prima mais ajustada) e a leve melhora no escoamento de produtos lácteos, com a flexibilização da abertura do comércio e retomada gradual das atividades colaboraram com as altas de preços no atacado e valorizações para o produtor.
Para o pagamento a ser realizado em julho/2020, referente a produção entregue em junho, a expectativa é de alta para o produtor em 73% dos laticínios pesquisados, 24% estimam manutenção e 4% das indústrias acreditam em queda no preço do leite ao produtor, sendo essas na Região Nordeste. Para o pagamento a ser realizado em agosto, a maior parte das indústrias da Região Sul do País estima manutenção do preço pago ao produtor, mas uma parcela ainda fala em alta. Fonte: NA. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.