ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

07/Jul/2020

Boi: exportação ao Egito mais favorável que China

A margem obtida pelos frigoríficos na venda de paleta bovina ao Egito é atualmente duas vezes maior que a oferecida no mercado brasileiro. Ao exportar ao mercado do Oriente Médio o exportador não precisa pagar bonificação ao pecuarista (como ocorre com o ‘boi China’). Na negociação com Egito, são comercializados os cortes não tão valorizados no Brasil. Atualmente, 70% do dianteiro bovino brasileiro é exportado para o Egito.

No mercado interno a paleta, por exemplo, se paga com ganhos na casa dos 15%, mas quando se vende ao Egito, esta margem passa a flutuar entre 30% e 40%. O consumidor egípcio gosta da paleta bovina e considera uma carne nobre. Os demais cortes do dianteiro também são vantajosos. O Egito exige apenas a certificação Halal. Não há necessidade de se comprovar idade e acabamento de bovino e, por enquanto, não é feita nenhuma exigência documental ou de práticas específicas relacionadas à Covid-19.

Os frigoríficos também não pagam bonificação ao produtor pela carne a ser exportada ao Egito, como ocorre hoje com as indústrias que adquirem o “boi China” (em algumas regiões este bônus pode girar em torno de R$ 10,00 por arroba sobre o valor de mercado). Mas, é importante lembrar que se o frigorífico é bem remunerado, ele também será competitivo, entrando de forma mais agressiva na compra. Isso é favorável para o produtor.

O mercado do Oriente Médio vem pagando aproximadamente US$ 3,5 mil pela tonelada do dianteiro bovino. Dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) apontam o Egito como o segundo maior importador de carne bovina brasileira em 2019 (com 164,1 mil toneladas adquiridas). No ano passado, a exportação deste produto in natura para os países árabes gerou um faturamento de US$ 1,168 bilhão, representando uma alta de 2,65% em relação ao ano anterior (números da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.