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07/Jul/2020

Suíno: dependência da China preocupa produtores

Os embargos impostos pela China e o endurecimento nas regras sanitárias às empresas exportadoras preocupam os suinocultores de Santa Catarina, pois certa de 60% do envio de carne suína do Estado é destinado ao país asiático. Pelo menos 55% da produção brasileira também vai para a China. A suinocultura está dependente deste mercado, o que é um grande risco porque o consumo interno está retraído. Se houver qualquer problema com a China, não será possível absorver o excedente de produção. A Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) alerta para o crescimento desordenado da suinocultura no País com o objetivo de atender a demanda internacional, que corresponde por 20% da produção nacional.

É preciso manter a produção estável, melhorando a produtividade com foco na redução dos custos. Muitas empresas estão crescendo desordenadamente visando as exportações, que é um mercado arriscado. Das 181 mil toneladas de carne suína exportadas por Santa Catarina em 2020, 108 mil tiveram a China como destino. É necessário diversificar o mercado internacional e melhorar o consumo interno. Além disso, é preciso ter um controle da produção de suínos. O governo brasileiro teme mais suspensões de frigoríficos pela China, além das três unidades que já tiveram as exportações barradas pelo país asiático diante do endurecimento das restrições sanitárias à importação de alimentos no país. Mais plantas podem ser suspensas pela China, que está ampliando o número de pedidos de informações ao Ministério da Agricultura sobre os casos de contaminação de funcionários por Covid-19.

Além de estabelecimentos de carnes bovina e de frango, os chineses também fizeram questionamentos sobre plantas de abate de suínos de empresas de todos os portes. Antes das primeiras suspensões, 102 frigoríficos do Brasil estavam habilitados a exportar à China, principal destino dos embarques nacionais. Ainda que o número de plantas suspensas seja pequeno até o momento, o governo brasileiro busca entender quais os critérios técnicos que vêm sendo usados pela China para embargar as plantas, mesmo que de forma temporária. Na avaliação da ACCS, todas as empresas que exportam estão adotando medidas rígidas para garantir a produção livre do coronavírus. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.