07/Jul/2020
A notícia de que a China suspendeu a importação de carne suína de duas unidades de processamento no Rio Grande do Sul, uma da JBS e outra da BRF, pode ser levemente negativa para as companhias, já que pode resultar em maior oferta interna e pressionar os preços. Em comunicado no sábado (04/07), o Departamento de Alfândegas da China informou a suspensão das importações de carne suína das plantas da Seara, da JBS, em Três Passos, e da BRF, em Lajeado. Na semana passada, quatro frigoríficos brasileiros também tiveram a comercialização suspensa pelo governo chinês. Na ocasião, unidades da JBS, Marfrig, Minuano e Agra foram afetadas. Porém, JBS e BRF podem mitigar essa decisão redirecionando volumes para as unidades que ainda estão autorizadas a exportar para a China.
A BRF ainda tem duas unidades nessa situação, enquanto a Seara tem quatro. As exportações de carne suína in natura para a China representam uma parcela pequena das vendas de cada companhia: cerca de 1% no caso da BRF e menos de 0,5% no caso da JBS. A notícia aumenta a percepção de risco para todos os players globais do setor de proteínas, já que a China continua aumentando as restrições à importação de todas as proteínas, citando preocupações com a Covid-19. De qualquer maneira, a percepção é de que o timing dessas suspensões é inoportuno, já que a China enfrenta atualmente um grande déficit de proteína por causa da peste suína africana (PSA). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.