06/Jul/2020

O boi gordo continua com preços firmes no mercado físico, sustentado pela oferta restrita, pela baixa disponibilidade de pasto, leve aquecimento da demanda interna e bons volumes de exportação. A cadeia produtiva monitora as movimentações da China no que se refere às exigências para exportar àquele mercado e aguarda eventuais impactos da saída dos bovinos de primeiro giro de confinamento. Em São Paulo, o mercado é estável e o boi gordo está cotado a R$ 220,00 por arroba à vista.

No Rio Grande do Sul, os preços registram alta devido à pequena oferta de boiadas e à boa condição das pastagens de inverno. Depois de sofrer com a extensa estiagem de verão (entre novembro de 2019 e abril de 2020), a bovinocultura de corte gaúcha comemorou o bom volume de chuvas em maio e junho, que permitiu o restabelecimento da estrutura nutricional das forrageiras. O boi gordo está cotado a R$ 7,70 por Kg. A demanda externa e as condições de remuneração satisfatórias animam o setor.

O “boi China” (com idade até 30 meses), que atende às exigências do mercado asiático, é negociado a R$ 225,00 por arroba à vista. As vacas e novilhas são negociadas a R$ 200,00 por arroba e a R$ 210,00 por arroba, respectivamente. No curto prazo, a oferta restrita de bovinos em todo o País se manterá como principal fator de sustentação dos preços. Nesta semana, a tendência é de alta nas cotações. Há avanço nos preços em algumas das principais regiões de pecuária do Centro-Sul do País, onde frigoríficos estão determinados a adquirir bovinos, preferencialmente lotes que atendem à demanda internacional.

Em Mato Grosso, a cotação está entre R$ 184,00 e R$ 190,00 por arroba à vista. Em Minas Gerais, o boi gordo está cotado a R$ 213,00 por arroba a pagamento a prazo. Em São Paulo, no atacado, há queda nos principais cortes bovinos, invertendo uma expectativa que era de alta no consumo de proteínas na virada do mês nos grandes centros urbanos. O traseiro do boi avulso está cotado a R$ 14,60 por Kg e a vaca casada, a R$ 13,00 por Kg.