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06/Jul/2020

Frango: preço em alta com demanda mais aquecida

As vendas internas de carne de frango se aqueceram em junho, contexto que elevou as cotações de todos os produtos de origem avícola de corte. O menor poder de compra da população brasileira diante da crise gerada pela pandemia de Covid-19 pode estar levando demandantes a migrarem para proteínas mais baratas, como o frango, em detrimento das carnes bovina e suína. Assim, mesmo durante a segunda quinzena de junho, quando tradicionalmente as cotações da proteína recuam, devido à menor liquidez, os preços seguiram firmes.

Em São Paulo, no atacado, o frango inteiro congelado teve média de R$ 4,40 por Kg em junho, alta de 7,3% frente à média do mês anterior. Para o produto resfriado, a valorização foi ainda maior, de 11,7%, com preço médio a R$ 4,42 por Kg em junho. Para os cortes, a maior alta nos preços de maio para junho foi observada para a asa de frango, que tem oferta reduzida no mercado doméstico, visto que é um produto muito exportado, especialmente à China. De maio a junho, a asa congelada se valorizou 15,7%, atingindo R$ 8,91 por Kg no último mês.

No caso do produto resfriado, a alta foi de 12,3%, com média de R$ 8,96 por Kg. Além da demanda final aquecida, as medidas de ajuste da produção por parte tanto da indústria quanto de produtores no primeiro semestre de 2020 se mostraram eficientes em conter as desvalorizações que vinham ocorrendo. Dessa forma, com o incremento na demanda, parte da indústria teve que aumentar a compra de novos lotes de frango vivo, impulsionando os preços. Em São Paulo, o frango vivo foi cotado a R$ 3,42 por Kg em junho, forte avanço de 17,5% na comparação com maio. Fonte: Cepea. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.