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06/Jul/2020

Carnes: Covid se alastra nos frigoríficos dos EUA

O aumento dos casos de Covid-19 nos principais estados produtores de carne dos Estados Unidos está pondo à prova as medidas implementadas pela indústria para proteger os funcionários e sua produção, após uma onda de infecções ter resultado no fechamento temporário de várias unidades de processamento em abril. Nos últimos dias, novas infecções por Covid-19 subiram para um nível recorde na Geórgia, o maior estado produtor de frango, com altas semelhantes em outros grandes estados produtores de aves, como Arkansas, Alabama e Carolina do Norte. Isso está levantando temores entre alguns funcionários de que eles continuem em risco no trabalho. A produção da indústria de carne dos Estados Unidos voltou aos níveis normais nas últimas semanas, após empresas como Tyson Foods, Cargill, Smithfield Foods e JBS USA terem aumentado as linhas de processamento e implementado turnos extras em fins de semana.

Na semana encerrada no dia 27 de junho, a produção de carne bovina aumentou 5% ante igual período do ano anterior, e a produção de carne suína cresceu quase 14%, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). A produção de carne de frango caiu cerca de 2%. Funcionários de unidades de carne bovina e suína foram os mais atingidos pela onda de infecções dos últimos meses. Nas últimas semanas, aumentaram as infecções per capita nos condados onda há unidades de processamento de carne bovina e suína, embora a uma taxa semelhante à média nacional. Há alguns meses, os casos no entorno de frigoríficos estavam aumentando a uma taxa muito maior do que no resto do país. As empresas do setor afirmam ter investido centenas de milhões de dólares em equipamentos de segurança relacionados ao novo coronavírus e em pagamento extra aos trabalhadores, e que essas medidas ajudaram os funcionários a se sentirem confortáveis em voltar ao trabalho.

As fábricas instalaram scanners para medir a temperatura dos trabalhadores e divisórias plásticas nas linhas de processamento de carne, onde os funcionários costumavam ficar lado a lado durante boa parte de seus turnos. Segundo o Sindicato de Varejo, Atacado e Lojas de Departamentos, que representa funcionários de unidades de processamento de aves, os trabalhadores continuam em risco. A estimativa é de que 30% dos membros do sindicato que trabalham em frigoríficos continuam ficando em casa. Segundo a Tyson, os casos têm aumentado entre os trabalhadores da empresa nas últimas semanas, mas em ritmo mais lento do que a população em geral. Algumas das fábricas da Tyson e outras instalações não registram novos casos há semanas. Testes recentes mostraram que muitos trabalhadores que testaram positivo não apresentaram sintomas. A empresa está implementando um programa de testes contínuos.

A JBS afirmou que metade dos funcionários de suas fábricas foi testada, independentemente das taxas locais de infecção. Nas áreas onde o número de casos é alto, mais de 80% dos funcionários foram testados. A informou que as fábricas da empresa estão operando a 95% dos níveis normais e devem voltar à plena produção nas próximas semanas. A indústria de carne dos Estados Unidos, que emprega cerca de 585 mil trabalhadores, tornou-se inicialmente um dos epicentros de infecções. O Sindicato Internacional dos Trabalhadores do Comércio e do Setor de Alimentos disse na semana passada que 65 trabalhadores de frigoríficos morreram devido ao coronavírus e mais de 4 mil foram infectados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.