03/Jul/2020

Os futuros dos suínos na Bolsa de Chicago vêm caindo por quase dois meses, um declínio que se acelerou nas últimas sessões, após um relatório do governo dos Estados Unidos mostrar um excesso de oferta. Os preços caíram mais de 7% no dia 26 de junho, depois que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório trimestral de suínos. Desde o dia 1º de maio, os preços perderam quase 25%. Um dos motivos para isso é o excesso de oferta de suínos. Segundo o relatório do USDA, a oferta estava em 79,6 milhões de suínos, um recorde.

Com o fechamento temporário de unidades de processamento de carne em abril, muitos suínos deixaram de ser abatidos. Em vez de sacrificar o excesso de suínos, os produtores optaram por outros métodos, como a mudança da dieta para desacelerar o ganho de peso. Outra razão para a queda dos preços é a menor demanda dos consumidores. De acordo com o USDA, o consumo per capita de carne suína nos Estados Unidos deve cair para cerca de 22,7 Kg este ano. Em 2019, esse número ficou em 23,6 Kg. O fechamento temporário dos frigoríficos elevou os preços de carne no varejo. Porém, mesmo com um excesso de oferta de suínos e a retomada da produção, os preços nos supermercados continuam altos, inibindo a demanda.

Os preços de carne suína caíram, mas varejistas ainda estão tentando vender o produto por um preço alto. Muitos participantes acreditam que os preços no varejo vão cair em breve, acompanhando os preços no atacado e no mercado futuro, o que pode estimular a demanda. A expectativa é de que a demanda se recupere de forma significativa quando os varejistas reduzirem os preços, porém, essa redução pode não ser tão rápida. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.