02/Jul/2020
A oferta restrita de bovinos terminados no mercado físico e a expectativa de um relativo aquecimento na demanda por carne bovina no atacado em função da virada do mês fazem com que o boi gordo continue firme e registre altas nas regiões pecuárias do País. Nem mesmo a decisão da China, de suspender temporariamente a habilitação de dois frigoríficos brasileiros que trabalham com carne bovina (Agra, em Rondonópolis, e Marfrig, em Várzea Grande, ambos em Mato Grosso) impactou no mercado do boi gordo. Mas, é importante que os fatos sejam acompanhados em detalhes até para que o pecuarista possa avaliar a possibilidade de utilização de ferramentas diferentes de comercialização.
A média brasileira paga, à vista, do macho terminado é de R$ 204,07 por arroba, avanço de 1,05% na comparação diária. A alta é impulsionada, sobretudo, pela valorização de 2,5% alcançada em Goiás, onde o boi gordo está cotado a R$ 205,00 por arroba. Em São Paulo, o boi gordo está cotado a R$ 212,36 por arroba. Em Mato Grosso do Sul, a cotação é de R$ 200,33 por arroba. Há uma lacuna de oferta no mercado, provocada tanto pela baixa disponibilidade de bois terminados a pasto quanto por certo atraso no abate dos primeiros lotes de bovinos confinados em primeiro giro. Dessa forma, a tendência de alta deverá permanecer ao longo da semana.
Em Minas Gerais, há alta no preço da vaca gorda, devido ao abate de fêmeas para atendimento ao mercado interno. A cotação está entre R$ 193,00 e R$ 197,00 por arroba a prazo. Em Mato Grosso, as programações curtas aquecem as compras e o boi gordo está cotado a R$ 197,00 por arroba. Em São Paulo, no atacado, o mercado é estável. O traseiro do boi avulso está cotado a R$ 15,90 por Kg. A vaca casada permanece cotada a R$ 13,50 por Kg. A expectativa é de que esses preços apresentem algum avanço ao longo da primeira quinzena do mês, em razão do pagamento de salários.